quinta-feira, 13 de maio de 2010
LETRA PARA UMA VALSA ROMÂNTICA
a tarde agoniza
ao santo acalanto
da noturna brisa
e eu, que também morro
morro sem consolo,
se não vens, Elisa!
aí nem te humaniza
o pranto que tanto
nas faces desliza
do amante que pede
suplicamente
teu amor, Elisa!
Ri, desdenha, pisa!
Meu canto, no entanto,
mais te diviniza
mulhe diferente
tão indiferente
desumana Elisa!
Manuel Bandeira
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