terça-feira, 23 de março de 2010
De sorongo e chinelo kariri
Terça-feira dia primeiro de setembro de 2.009, eu fui a posse da conterrânea e parente Linda Bitu Lemos na ALMECE – Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará. Eu usava calça, camisa e sapato social, fiquei no auditório assistindo o cerimonial, quando a acadêmica chegou e disse: Raimundinho vá arranjar um palitó que você vai para a mesa representar seu pai Pedro Piau! Arranjar um palitó com quem? Com qualquer pessoa, mas você tem que ir. Mas Linda não tem ninguém do meu tamanho aqui. Pois pegue o de Samuel meu filho e vá. Não dá Linda. O palitó de Samoel dá pra mim e o meu irmão Paulo e ainda sobra pano. Depois dos meus argumentos ela simulou que estava convencida e saiu. Daí a pouco chegaram seus netos, os filhos de Nilinho. Dois garotos elegantes vestidos de paletó e usando gravatas, o mais velho aparentando oito anos e o mais novo uns quatro anos. Quando Linda recebeu os netos, chegou onde eu estava e disse: Pronto Raimundinho agora não tem mais desculpas, você veste o paletó de um dos meus netos. Daí eu pensei comigo: Agora quebrou dentro! A minha saída foi fazer uma munganga para os dois ao mesmo tempo, as crianças ficaram assustadas e nem um nem outro abriu mão do palitó, nem a interferência da avó Mirtes convenceu as crianças. Só assim Linda desistiu. O poeta Israel Batista que estava comigo falou: É Mundim do Vale isso daqui não é coisa pra você não. É melhor você ir contar causos no bar de Buzuga lá no Sanharol, porque lá você pode ir de SORONGO E CHINELA KARIRI. Dispensando as brincadeiras, foi uma solenidade muito bonita, o que faz com que os varzealegrenses fiquem orgulhosos. E assim sendo eu dedico esse causo aos netinhos da acadêmica.
Mundim do Vale.
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