segunda-feira, 12 de abril de 2010
ACORDA CORDEL NA REVISTA BRAVO! NA SALA DE AULA CARTILHA COM RIMA
O cordel saiu das praças e entrou nas salas de aula para levar cultura e educação aos alunos
A literatura de cordel surgiu na metade do século 19, no Nordeste, para relatar ao sertanejo iletrado os mitos da cultura local e de fora, de forma épica, cantante e fácil de decorar por quem não sabia ler. Os poemas eram publicados em folhetos e, normalmente, ilustrados com xilogravura. Os cordelistas recitavam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também faziam leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
Hoje, a literatura de cordel saiu das ruas, passou pelos livros e chegou às escolas cearenses por meio do projeto Acorda Cordel, idealizado pelo cordelista Arievaldo Viana. “Fui alfabetizado pela literatura de cordel, em 1973. Os folhetos eram as únicas leituras disponíveis. Primeiro, decorava os versos lidos por minha avó. Depois, ela foi me ensinando a identificar as letras e a formar palavras”, disse o poeta na época do lançamento do projeto, que tem como carro-chefe um livro didático de sua própria autoria. O “kit educação” conta ainda com uma coleção de 12 folhetos, composta por clássicos do gênero como O Justiceiro do Norte (de Rouxinol do Rinaré) e Epopeia do Boi Corisco (de José Vidal dos Santos).
Utilizar a poesia popular como meio de instrução sempre foi prática comum nas zonas rurais do Ceará, desde que o gênero despontou, e não é nenhuma novidade. As crianças da Grécia antiga já percorreram esse caminho, como assinalou o historiador cearense Gustavo Barroso em sua obra Ao Som da Viola (1921): “O ensino começava pela poesia, por ser o meio mais fácil de guardar na memória, nessa época em que livro era raro... Assim pôde o povo grego conservar, carinhosamente, de cor, os admiráveis cantos de seus rapsodos”. Hoje, os livros deixaram de ser raridade, mas ainda são caros e inacessíveis. Ao contrário do cordel, a que se tem acesso fácil e é cultuado através dos tempos como a verdadeira e autêntica literatura nordestina, o livro de bolso do povo da região.
A literatura de cordel surgiu na metade do século 19, no Nordeste, para relatar ao sertanejo iletrado os mitos da cultura local e de fora, de forma épica, cantante e fácil de decorar por quem não sabia ler. Os poemas eram publicados em folhetos e, normalmente, ilustrados com xilogravura. Os cordelistas recitavam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também faziam leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
Hoje, a literatura de cordel saiu das ruas, passou pelos livros e chegou às escolas cearenses por meio do projeto Acorda Cordel, idealizado pelo cordelista Arievaldo Viana. “Fui alfabetizado pela literatura de cordel, em 1973. Os folhetos eram as únicas leituras disponíveis. Primeiro, decorava os versos lidos por minha avó. Depois, ela foi me ensinando a identificar as letras e a formar palavras”, disse o poeta na época do lançamento do projeto, que tem como carro-chefe um livro didático de sua própria autoria. O “kit educação” conta ainda com uma coleção de 12 folhetos, composta por clássicos do gênero como O Justiceiro do Norte (de Rouxinol do Rinaré) e Epopeia do Boi Corisco (de José Vidal dos Santos).
Utilizar a poesia popular como meio de instrução sempre foi prática comum nas zonas rurais do Ceará, desde que o gênero despontou, e não é nenhuma novidade. As crianças da Grécia antiga já percorreram esse caminho, como assinalou o historiador cearense Gustavo Barroso em sua obra Ao Som da Viola (1921): “O ensino começava pela poesia, por ser o meio mais fácil de guardar na memória, nessa época em que livro era raro... Assim pôde o povo grego conservar, carinhosamente, de cor, os admiráveis cantos de seus rapsodos”. Hoje, os livros deixaram de ser raridade, mas ainda são caros e inacessíveis.
Shirley Paradiso
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