sábado, 1 de maio de 2010
DIA DO TRABALHO E DA PREGUIÇA.
Dia de ver a labuta diária de longe, dolentemente sentados à beira-mar, lendo as Histórias da Carochinha, paquerando, passeando, espiando a banda passar, tomando sorvete, dando um trato caprichado no nosso visual, esquecendo as mágoas,
admirando o rouxinol tecendo seu ninho nos galhos do pé de jambo, treinando no computador, desenferrujando da rotina, às vezes insuportável.
Já que vamos ficar numa boa, vamos criticar qualquer coisa, em rodinhas familiares ou de amigos. Vamos censurar o patrão, aquele carrasco! Nem sempre conseguimos o
trabalho que nos agrada, ou para o qual temos mais habilidade e que nos dá maior prazer. Isso nos força a encarar a realidade com decisão, sapiência e abnegação.
Todos temos que trabalhar, desde crianças até o ponto final da vida. Tudo que fazemos ou construimos termina sendo um trabalho; como esta mensagem que lhes envio.
Numa época de empregos escassos; onde impera a Lei da Procura, garantir um trabalho, é tarefa árdua que demanda coragem, empenho, dedicação, preparação técnica, lealdade
e equilíbrio emocional, mormente nos tempos da modernidade tecnológica. Quem tem uma ocupação garantida, obriga-se a amá-la e dedicar-lhe toda boa vontade possível, como colaborador, renovador e criador; num aprendizado constante,
ante os desafios de todos os momentos. Não só para desempenhar com esmero uma função, às vezes rotineira, estafante, ingrata e repetitiva. Mas, para contribuir para que a empresa e a sociedade recebam os frutos do nosso labor e esforço.
Com este espírito cooperativo, todos ganham em presteza, qualidade e solicitude no atendimento aos clientes e no cumprimento das responsabilidades profissionais, dos que buscam sucesso, bem-estar e equilíbrio financeiro; para sua manutenção e da família. Sem que tenha obrigação de carregar o mundo nas costas, ou ser escravo do patrão como na alegoria acima.
Trabalhando no afã de sermos felizes, de crescermos espiritualmente e partilharmos da vida na comunidade. Olhando a vida de frente, sem temor, sem medo do futuro. O trabalho dignifica na sua abrangência funcional e pessoal. É muito gratificante nos depararmos com funcionários solícitos, interessados e competentes para nos atender, quando deles dependemos. (Uma enfermeira, um bancário, um encanador, um guarda de trânsito, um balconista, um pedreiro, um professor, um cirurgião, o técnico que nos livra dos vírus quando estamos nas últimas, e prontos para jogar o micro na parede e explodir).
Que Deus proteja os trabalhadores do Brasil! Que haja mais e melhores empregos! Que haja mais justiça trabalhista e
melhor distribuição de renda! Que os jovens egressos das faculdades tenham acesso fácil ao mercado de trabalho! Que nossos idosos recebam o prêmio merecido pelo "dever cumprido". Amém.
(Texto de Rivaldo Cavalcante)
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