saudades de bussunda!!!

Há alguns dias aconteceu algo curioso. Acordei pensando na Copa. Acordei pensando em Bussunda. Desde 2006, qualquer contagem regressiva faz-me lembrar do querido barrigudo. Lembrei da Copa da Alemanha, das risadas, do deboche e da maldita pelada que tirou um pouco do humor do Brasil. Bussunda jogou bola, passou mal, foi para o hotel, acordou no dia seguinte pior ainda e faleceu nos arredores de Munique.
Súbito, recebi a notícia de que o livro de outro grande amigo, Guilherme Fiúza, estava saindo do prelo. A biografia de Bussunda. Não deu uma semana e outra querida, Simone Ruiz, me avisa que o livro já estava a caminho da minha casa. Uma gentileza.
Já devorei metade. Ótimo. Fiúza é craque das peladas e das letras. Em ambos, é elegante e obstinado. As páginas de “Bussunda” revelam a irreverência, a inteligência e o jeito meio Forrest Gump de Cláudio Besserman Viana encarar a vida. E desfiam a origem do que seria a essência da turma do Casseta & Planeta. Todos eram e são meio Bussunda. E Bussunda um pedacinho de cada um deles. A todos eles o meu abraço eterno. As minhas risadas sinceras. Parece que foi ontem, e parece mesmo, bem jargão, lugar-comum, que andava eu numa calçada de Laranjeiras quando ouço berros vindos de uma van. Eram todos eles, pendurados nas janelas, tirando onda comigo e morrendo de rir. Gargalhando, respondi com uma banana e eles riram mais ainda. Libertários.
Passou. Túnel do tempo. Cá estamos em 2010. Libertadores.
Neste mundão de coincidências, fui sozinho ao primeiro jogão Flamengo x Corinthians. Hoje, tenho a certeza de que não estava sozinho no encharcado Maracanã.
Bussunda adorava futebol. Jogava bem e torcia para o Flamengo. Brilhou nas Copas encarnando Ronaldo Fofômeno e outros craques. Daqui a poucos dias, um punhado de aço voador me levará para mais um Mundial. E do fundo d´alma, digo a vocês. Bussunda fará muito mais falta do que Neymar, Ganso e Ronaldinho Gaúcho.
Porque ele era como nós. Feio, barrigudo e autêntico.


enviado por Klébia Fiuza