Chega a chuva no sertão
de verde manto o se reveste
vem a chuva e beija o chão
do coração do nordeste!
qual gota d'água orvalhada
no olhar do povo da roça,
a água do pranto é salgada
porém só a chuva a adoça
se o caboclo do sertão
temendo a seca, tem mágoa
a chuva, se cai no chão
decerto é muito mais água
depressa a chuva se esvai
jorrando água no sertão
a água da chuva, então, cai
pondo alegria no chão!
quando a terra, abrindo o seio,
se oferta à fecundação
chega a chuva e, num recreio,
se agita todo o sertão!
o sertão todo se enfeita
e o sertanejo se ufana;
no milagre da colheita,
toda a roça se engalana!
Leda Costa Lima
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