debruçada na almofada
trabalha a jovem rendeira
com as mãozinhas de fada
faz renda - bem - prazenteira
cansa o corpo na labuta
cansa as costas, cansa a vista;
linhas e bilros, na luta,
à noite, já nem avista
apesar de ser faceira,
não guarda nada pra si:
a nossa jovem rendeira
trabalha sempre pra ti
eis o que mais desola:
se faz pra ti uma prenda
nem na própria camisola
geralmente, não põe renda...
Leda Costa Lima
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