De porta em porta a fome lhe obriga
Saciar-lhe a vida mendigando o pão
Herança que a lida lhe custará em vão
Pois só lhe restaram canseira e fadiga
Se deslumbra a noite, só ela lhe abriga
Com seu manto frio sob a escuridão
onde afadigado no cenoso chão
Descansa da lida que o dia castigara
Dele só se sabe que não tem abrigo
Ainda não se sabe a crença ou religião
Se pede por pedir, precisão ou castigo
Pois só Deus conhece e sabe o coração
Desse sofrer que faz mendigo
Do mais precioso alimento "o pão".
Gilson Pontes
Acadêmico da ALMECE
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