Helena, uma conhecida personagem das ruas de Várzea Alegre, apresentava transtornos mentais que dificultavam seu entendimento sobre o mundo, inclusive a respeito dos riscos que a vida moderna apresenta.
Certa tarde, na década de 80, pela área urbana da movimentada rodovia do algodão, na altura da rua do capim, Helena caminhava despreocupadamente pelo meio da pista de asfalto. Ao ver a arriscada cena, uma atenta moradora, temendo grave atropelamento, alertou:
- Helena, sai do mei da pista, cuidado com o Crateús*.
A caminhante, com ar de repulsa, deu uma rabiçaca* e falou:
- Nan...Ele sabe qu’eu sou operada...
Flávio Costa Cavalcante
Do blog pedra de clarianã
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