domingo, 15 de agosto de 2010

O PESCADOR E O PERITO


O pescador volta para casa na sua piroga e encontra um perito estrangeiro que está trabalhando naquele país em desenvolvimento. O perito pergunta ao pescador por que voltou tão cedo. Este responde que poderia ter ficado mais tempo no mar, mas já pescou bastante para cuidar da família.
“E agora, o que faz com todo o tempo que tem?”, pergunta o perito.
O pescador responde:
“Bem, eu pesco um pouco. Brinco com os filhos. Todos tiramos uma sesta quando fica quente. À noitinha, jantamos juntos. Depois, reúno-me com meus amigos para tocarmos músicas, e assim por diante.”
O perito interrompe: “Olhe, eu tenho diploma universitário e tenho estudado esses assuntos. Quero ajudá-lo. Deve ficar pescando por mais tempo. Assim ganhará mais e logo poderá comprar um barco maior do que esta piroga. Com um barco maior, ganhará ainda mais, e logo poderá ter uma frota de traineiras.”.
“E depois?”, pergunta o pescador.
“Depois, em vez de vender peixes por meio dum intermediário, poderá negociá-los diretamente coma fábrica ou até mesmo abrir a sua própria unidade de beneficiamento de peixe. Poderá sair da sua aldeia e mudar-se para Cotonou, ou Paris, ou Nova York, e dirigir tudo de lá. Poderá até mesmo pensar em vender ações da sua empresa na bolsa de valores e ganhar milhões.”.
“Quanto tempo levaria tudo isso?”, pergunta o pescador.
“Talvez de 15 a 20 anos”, responde o perito.
“E então?”, continua o pescador.
“É então que a vida fica interessante”, explica o perito. “Aí poderá aposentar-se. Poderá deixar a agitação e o barulho da cidade grande e mudar-se para uma aldeia remota.”
“E então o que?, pergunta o pescador.
“Então terá tempo para um pouco de pesca, para brincar com os filhos, para tirar uma sesta quando faz calor, para jantar com a família e para se reunir com amigos para tocar música.”.

Esta história foi contada milhares de vezes, com muitas variações.

Copiada da revista A SENTINELA das testemunhas de Jeová página 6 de 15/04/2002

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