segunda-feira, 18 de outubro de 2010
POESIA DE FIM DE DIAS
Os rios sagrados estão sujos e podres
Como carcomidas estão as crenças
De sórdidos covis surgem só males
Dos becos e vielas escorrem sangues
Do medonho medo pode vir aguerrida fé
Do que vem do homem só sacrilégio já é
Só mazelas arroladas com olhos lacrimosos
Da história milenar só milagres enganos
Da filosofia vã só desencontros sem valia
Das ilusões fomentadas só paixões vazias
Da humanidade insana nada mais a mais
Que não seja o fim incauto rastejante
Que a bilhões em lúgubre enlace tragará
Se não ainda algures em libelos da razão
Que ouçam ainda o silencioso chio do chamado
Do quase esquecido e esganiçado pio da alma
Do homem ao homem nada mais que a esperar
A não ser o peito tomado de todas as perfídias
Só haverá pequenos grupos que libertos chorarão
Ouvindo ainda o chamado a muito não lembrado
Vindo feito um filete gelado acordando do sono
Ressurgindo aquela já esquecida voz da intuição
Do homem ainda firme e esperançoso do céu
Só se espera na frieza aguda no uso do estilete
O arrancar cortante do impregnado na carne sua
O mau que sempre campeou de forma nua e crua
Libertação do charco imundo já fossilizado
Em esperança aberta na alma esperançosa
Que respirando novo ar em prece agradece
A oportunidade de continuar sua existência
www.hserpa.prosaeverso.net
"Não é o lugar onde nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo" Roselis von Sass - graal.org.br
HSERPA
Nenhum comentário:
Postar um comentário