quinta-feira, 4 de novembro de 2010
CATINGUEIRA
Catingueira era um moreno
Grosso baixo e torado
Um moreno muito forte
Ferreiro bom e educado
Mas quando tomava uma birita
Ficava bastante ferruado
Ficava no seu canto
Sem nada e ninguém mexer
Mas se dois ou três mexesse
A coisa ia ferver
O pau cantava na hora
Digo isso pra valer
Chamavam a sua esposa
Uma santa sem altar
Que ela ao chegar no local
Fazia um jeito ele acabar
Pedindo que ele voltasse
Com ela para o lar
Dizia vamos nego pra casa?
Ele sem demora acompanhava
Se não quisesse voltar
Era dela que ele apanhava
Um festival de pontapés
Que a poeira levantava
Catingueira foi mais um
Anônimo de nossa cidade
que passou a muitos anos
Digo com sinceridade
E ninguém dar notícias
Quem foi ele na verdade.
Israel Batista
Que perfeição, simplesmente poesia mesmo. Encantou-me
ResponderExcluirOlhe criei um blog para que todos participem, faça sua parte lá.
novidadespoesianoticiapaposblogspot.com
Loguin arcoiris.horizonte@gmail.com
Senha fortalezaceara
Quero vc lá
um abraço
Míris
Mais uma bela homenagem em forma de poema!!
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