Após retornar do trabalho
E do banho tradicional
Sentei-me na calçada
Observando o curral
Curral que logo cedo
Tem algo para fazer
Ordenhar as vacas
Antes de o dia amanhecer
Amanhecendo segue-se a rotina
Põe-se o gado para pastar
Os bezerros pulam de alegria
Pois acabam de se libertar
Liberdade obtida durante o dia
À noite voltam para o cativeiro
Sem cometerem nenhum crime
Prisioneiros inocentes
Jamais vão ser julgados
Dentro de uma manjedoura
Só lhes restam mudar de lado
Lado interno do curral
Mais conhecido por mangueiro
Na minha concepção
Não passa de um cativeiro
Cativeiro cotidiano
Veio e com o tempo se vai
Deve-se ensinar aos filhos
Como fizeram nossos pais...
José Mendonça da Silva (Bonança)
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