sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Ouvindo cantar um pássaro
Passarinho que cantas tão saudoso
Sobre a fronde do ramo viridente
Oh, não sabes em mim quanto é pungente
O teu cantar tão lindo e tão penoso.
Talvez cantes assim indiferente
Sem no peito sentires um só gozo
Se roubaram-te o ninho tão mimoso
Tu clamas num cantar a dor ingente.
Quantas vezes se canta sem ter gosto
Tendo dentro de si um mar revolto
Imerso o pensamento em furor.
Solta pois o teu cantar terno e bendito
Que cantar muitas vezes é só isto,
A explosão de uma saudade ou de uma dor.
José Augusto Siebra
Enviada por Stela Siebra Brito
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