Ser de Várzea Alegre é:

*se orgulhar de ter nascido em Várzea Alegre e não se cansar de declarar seu amor pela cidade;
*comemorar o sucesso dos conterrâneos, exaltando-os, e dizendo com orgulho: fulano é de Várzea Alegre;
*saber contar a historia da lagoa de São Raimundo e dizer a tão famosa frase: “que Várzea Alegre!”
*saber que tudo começou com Papai Raimundo e ser devoto de São Raimundo;
*arrepiar-se quando tocar o hino de Várzea Alegre como se fosse o nacional;
*valorizar os baixios e dizer com satisfação que é da terra do arroz;
*vibrar com o bom inverno, descrever se o trovão foi redondo ´de estalo` ou ligeiro, notificando os açudes que estão sangrando e o tamanho das enchentes do Riacho do Machado;
*comentar nas calçadas ´a barra do poente` ou ´as torres do nascente` dando sinal de chuva ou estiagem;
*comentar os famosos contrastes com muito humor, divulgando sempre os mais recentes;
*ser pabo com os conterrâneos ilustres e com a sua importância para nós;
*exaltar a genialidade de Zé Clementino, que além de escrever o hino de Várzea Alegre, também compôs grandes sucessos de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, entre outros;
*divulgar o carnaval como o melhor da região e nunca perder o desfile das escolas de samba;
*sentar na calçada e comentar, nos mínimos detalhes, o mais novo boato;
*diante de uma nova construção botar mil defeitos, e de um novo ponto comercial fazer as previsões mais pessimistas;
*deixar de freqüentar um ambiente que gosta, porque ´virou` de partido ou o dono é do outro lado;
*vibrar com a montagem das barracas e a chegada do parque pra festa de agosto;
*ser conhecido pelo apelido, geralmente bastante diferente do nome de batismo;
*fazer a maior festa ao encontrar um conterrâneo em outra cidade, estado ou país;
*passar um tempo fora e mudar o sotaque;
*gostar de botar apelidos nas pessoas;
*fazer de tudo pra não faltar a festa de agosto, e se faltar especular a renda;
*saber que se vai a festa de agosto, certamente ´tá bem de vida`-como dizia Otacílio Correia;
*chegar de viagem e responder inúmeras vezes quando chegou e quando volta;
*a noite, assistir as novenas, depois ir pras barracas e amanhecer nas salvas;
*encher os olhos d`água quando a banda passar tocando saudades da minha terra;
*dar esmola e ouvir o seu nome na lista de Padre Mota pelo rádio;
*quando criança ter tido medo de BARBA AZUL;
*saber que capote e carregado e mesmo assim saboreá-lo;
*se for viajar na direção de Farias Brito, dizer que vai subir. E na direção de Lavras da Mangabeira, dizer que vai descer;
*se orgulhar que só em Várzea Alegre tem doce de cajarana;
*reverenciar o pão-de-arroz como o nosso principal prato típico;
*não se cansar de dizer “ô Várzea alegre boa! Só é longe!...”

Autor desconhecido