terça-feira, 4 de janeiro de 2011
UM AMOR PARA ETERNIDADE
Quando eu tinha 29 anos, conheci uma linda menina de olhar sedutor, corpinho torneado, ela tinha dez anos, um pouco alta para a sua idade, fiquei lastimando não poder ser o seu namorado. Ela quando passava por mim, jogava o seu charme de menina ainda cheirando a leite e insinuando que ainda seria a minha namorada.
Eu tentava disfarçar esta situação. Meus amigos diziam: “veja a garotinha tá afim de você, porque você não arrocha?” e eu em resposta sempre dizia:
- Que isto gente, ela ainda é uma criança, isto é apenas uma fantasia de sua mente infantil. Mas a coisa acabou ficando séria, ela me perseguia a todos os lugares que eu fosse. Não agüentava mais, decidi parti para o Goiás, passar uns tempos por lá, até que cessasse essa sua obsessão. Partir dois dias depois para o centro-oeste do país.
Dez anos se passaram, decidi voltar à terrinha, muita coisa havia modificado. Revi alguns dos meus colegas, uns tinham casados, outros tinham partidos para lutarem pela vida. De imediato notei um hospital novo, que não existia antes. Perguntei de quem era, disseram-me que era do Doutor Dário, e o doutor havia entregado a direção do hospital a jovem enfermeira Laysse, e que esse hospital em suas mãos se tornara o hospital mais bem preparado de toda região.
Resolvi ir lá conhecer as dependências deste novo hospital. Ao chegar lá, quase cai pra trás, era a mesma garota que fez meu coração pulsar e que me perseguia. De imediato hesitei, mas decidi entrar, ela não me reconheceu. Ficamos conversando, ela me contou um pouco de sua vida, e eu tomei a ousadia de fazer-lhe uma pergunta:
- Você minha jovem já casou? Em resposta ela disse-me:
- Não, quando eu era criança, tive um grande amor e sofri uma grande desilusão amorosa, um jovem que muito amei, enterrou todas as minhas esperanças. Daí pra cá nunca mais namorei, não tive mais prazer na vida.
- Porque decidiste ser enfermeira? Perguntei por que sabia que ela queria ser atriz de TV e cinema.
- Para passar o meu amor a quem não tem um consolo pra viver, e que não conhece a felicidade.
- Mas você tão nova! Vinte anos e já desiludida!
- Como você já sabe a minha idade? Eu lhe conheço? Você me conhece?
- Olha Laysse, aquele jovem em que você muito amou, sou eu. Se você quiser conversar comigo sobre aquele assunto do passado é só dizer.
- Carlos! Então é você? Olha infelizmente não dar, é impossível, porque ainda continuarei sendo aquela mesma criança. Peço que me perdoe, sei que era preciso um dia acontecer este encontro, para poder purificar a minha alma. O meu amor agora, será guardado para eternidade, você foi o único homem que amei, e você morreu pra mim no dia da sua partida para o centro oeste.
Sai dali cabisbaixo, sem saber se ria ou se chorava se cantava ou me desesperava. Mas aprendi uma grande lição “que jamais deverei sepultar as esperanças e ilusões de alguém”.
Israel Batista
* todo texto é criação minha se ocorrer alguma coisa parecido com fatos reais terá sido mera coincidência.
Os desencontros acontecem, por isso não devemos perder nenhuma opotunidade. A vida tá aí prá ser vivida... O mundo é dos corajosos!!!
ResponderExcluirOi, parabéns por seu trabalho neste blog, estamos lhe seguindo e indicando como leitura obrigatória em nossa biblioteca online, um abraço e sucesso em 2011...
ResponderExcluirLindissima história. Mas na minha opinião ele fez certo de ir embora.
ResponderExcluirFeliz 2011