Acordo com uma joelhada na barriga.
Olho para o lado e vejo a minha mãe de sobrancelhas franzidas, está tendo um sonho.
Eu ainda durmo em sua cama, e ela sempre costuma se mexer muito quando tem pesadelos.
Sei que todos os seus sonhos ruins me envolvem, e na maioria deles eu fico abandonado, sem saber o que fazer. Ela tem medo de me deixar sozinho.
O que poderia acontecer?
De fato, eu sempre choro por dentro. Talvez seja muito difícil ter um filho que mal se lembra do próprio nome.
Então eu me levanto e vou até a sala.
- Um gato – eu digo vendo um felino deitado no chão e ele mia para mim - tu tens um nome, sabe qual é porque atendes por ele – abaixo-me e lhe dou carinho – tu sabes que és um gato, mas quanto a mim? Não compreendo ainda quem sou, mas estou a procura de mim...
O gato mia de novo, mas não pode me dizer como se chama.
Bruna Rodrigues de Souza
http://bruna-morgan.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário