Nas Grades de um cárceres o mísero vivia
Vertendo as amargura da sorte cruciante
Privado é liberdade oculto é luz do dia
Não sentir o prazer da vida triunfante
Não podendo voltar a vida primitiva
Lamentava sua sorte desgraçado
E a ilusão tristonha da vida cativa
Transpassava-lhe o coração lado a lado
E como se não vendo o mundo em que habitava
Ao pássaro prisioneiro e triste ele imitava
Cantando os fados da terra em que nascera
Num choroso lamento o pobre prisioneiro
Dedilhando o violão seu único companheiro
Esquecera as desgraças que antes perecera
Raimundo Otoni Filho
1933
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