quinta-feira, 28 de abril de 2011

Morte de Jesus


Está parado o ramo de oliveira
E muito triste o céu da Palestina
Três horas. Lá no céu o sol declina
Queda silente a natureza inteira.

Jesus, o bom Jesus a fronte inclina
Deita da face a lágrima primeira
Do peito exala a ânsia derradeira
Morre na cruz suspensa na colina.

Escuta calmo o glauco mar profundo
Há um silêncio tal em todo mundo
Que a própria hierarquia desconhece.

A mãe do Verbo a fronte ao céu erguia
E ao supremo soluço de Maria

A terra treme, o sol empalidece.

José Augusto Siebra (1881-1960)

poeta varzealegrense

E no dia 21 de maio acontecerá a reunião de implantação da academia varzealegrense de letras.

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