O vento é uma luz
Que sai da água
E acorda os mortos
Com seu fanal
O vento me leva
Em seu dorso selvagem
De volta a infância
Dos patriarcas
O vento é um anjo
De esqueleto de vidro
Que perdeu a inocência
De volta ao paraíso
Todas as tardes
O vento toca flauta
Para as ovelhas
Brancas do argonauta
Francisco de Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário