sexta-feira, 10 de junho de 2011
A UM CRUCIFIXO
Vou postar esse soneto de Antero de Quental que acho muito lindo
Não se perdeu teu sangue generoso
Nem padeceste em vão, quem quer foste
Plebeu antigo, que amarrado no poste
Morreste como vil faccioso
Desse sangue maldito e ignominioso
Surgiu armada uma invencível hoste...
Paz aos homens e guerra aos deuses! pôs-te
Em vão sobre um altar o vulgo ocioso...
Do pobre que protesta foste a imagem
Um povo em ti começa, um homem novo;
De ti data essa trágica linhagem.
por isso nós, a plebe ao pensar nisto
Lembraremos, herdeiros desse povo
Que entre nossos avós se conta Cristo.
Antero de Quental
Poeta português
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