Em 1978, semanas antes da ansiada e comentada inauguração da Rádio Cultura de Várzea Alegre, os comerciantes Leônidas Siebra Leite(Alberto) e José Alves de Lima ( Ze de Ginu) inventaram que o rico proprietário da nova emissora, empresário Raimundo Ferreira, distribuiria gratuitamente aparelhos de rádio para a população mais pobre da cidade.
Para receber os rádios, os interessados deveriam se inscrever antecipadamente no bar de Alberto ou na farmácia de Zé de Ginu. O boato se espalhou rapidamente pela pequena cidade cearense e logo se formaram filas nos locais de inscrição. Todos desejavam receber o valioso brinde, inclusive pequenos moradores do centro comercial, como Aluizio Meneses, Rogéria Carvalho e Fabiana Costa, que obtiveram de Alberto a promessa de inscrevê-los no concorrido caderno.
Na corrida por uma vaga entre os agraciados, Dona Zulmira Siebra atravessou a rua e foi até o bar, pedindo a seu filho Alberto que anotasse no caderno e priorizasse o nome da amiga Vicença Gibão, pessoa carente e com necessidade do rádio. Alberto entao recomendou:
- Mamãe, vá em Zé de Ginu pro povo num falar que eu tou de proteção com a senhora.
A velha senhora entao se dirigiu até a farmácia e conversou em particular com Zé de Ginu, que disse:
- Dona Zulmira, eu sabia que seu fii era rim mas não a ponto de engabelar a própria mãe.
Contado por Flávio Cavalcante
Caro poeta,
ResponderExcluirMuito obrigado pelo prestígio ao Blog Pedra de Clarianã em repercurtir aqui algumas de suas postagens.
Abraços.