Jagunços mutilados pelas armas
Boiam nas águas do vaza-barris.
Nos becos do Arraial rondam
Fantasmas
Expulsos pelas balas dos fuzis.
Solidão nas igrejas e nos sinos
Cabeças degoladas pelas facas.
Mães se abraçam aos corpos dos meninos
Espetados nas pontas das estacas.
Madrugadas de sangue assusta os galos...
O arraial desmorona à luz das velas.
Sai dos grotões uma rajada súbita
Que arrebenta as aldravas das janelas.
Uma salva de tiros à republica
Em louvor dos heróis e seus cavalos.
Francisco Carvalho
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