Naquela lagoa, de meu São Raimundo
Eu dava um tibungo
Pra dar um mergulho.
Aquela lagoa, me viu tomar banho
Mas eu não me acanho,
Pois tenho é orgulho.
Aquela lagoa, foi minha vizinha
Quando ela não tinha,
Senhor nem patrão.
Naquela lagoa, Eu vi pescaria
De noite e de dia,
De anzol e galão.
Daquela lagoa, olhando o nascente
Eu vejo na frente,
A igreja matriz.
Aquela lagoa, naquele lugar
É testemunha ocular,
Da nossa raiz.
Aquela lagoa, de rara beleza
Com toda certeza
É santa também.
Naquela lagoa, na minha memória
Não consta na história,
A morte de alguém.
Aquela lagoa, de tanta saudade
Divide a cidade,
Do bairro vazante,
Naquela lagoa, eu vi Joaquim Beca
Caçando marreca,
Com o velho Brilhante,
Aquela lagoa, da terra do arroz
Uns anos depois,
Ficou destruída.
Aquela lagoa, no meu parecer
Em breve vai ser,
Reconstituída.
Aquela lagoa, que tanto brinquei
Dizer eu não sei,
A extensão da saudade,
Aquela lagoa, tomada e sofrida,
Foi quem deu a vida,
A nossa cidade.
Aquela lagoa, de belo cenário
Ajudou ao vigário,
Batizando pagão.
Aquela lagoa, do meu padroeiro
Foi o anjo Pinheiro,
Que fez doação.
Aquela lagoa, já viu do seu lado
Namoro arrochado,
Mas não comentou.
Naquela lagoa, que foi um jardim
Plantaram capim,
E a beleza acabou.
Aquela lagoa, lugar de afeto
Já tem um projeto,
Bastante seguro.
Aquela lagoa, merece viver
Pra ser um lazer,
No nosso futuro.
Aquela lagoa, foi fonte de tema
De um triste poema,
De um autor com saudade.
Aquela lagoa, nasceu com tendência
De ser referência,
Da nossa cidade.
Mundim do vale
Várzea Alegre-Ce
Nenhum comentário:
Postar um comentário