Se o silêncio vier
e a boca muda quiser
invento um grito
de se ouvir mais bonito
invento a palavra do olhar
invento um gesto que diz
invento um leve sussurro
qualquer coisa como voz
entendida só entre nós
ecoando em nós dois
falando sem dizer nada
e ainda pedindo mais
na paixão nunca calada
pois se o silêncio vier
e a voz muda quiser
movendo seu lábio no meu
não precisa dizer nada
se o corpo já entendeu.
Rangel Alves da Costa
Poeta e cronista
e-mail: rangel_adv1@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com
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