aprende Messi...
Em qualquer homenagem a Pelé não vão faltar histórias, fatos, números, recordes e polêmicas. Alguns, porém, ganham destaque diante de tantos feitos alcançados pelo maior jogador de futebol de todos os tempos. Segue abaixo uma seleção de fatos que só Pelé foi capaz de fazer com sua genialidade.
1 – 1958 – Poderíamos emprestar de Zuenir Ventura o título do livro “1968, o ano que não terminou” para falar do ano da consagração do ícone máximo do futebol mundial. Edson Arantes do Nascimento começou a jogar pelo Santos em 1956, na vitória por 7 a 1 sobre o Corinthians de Santos André.
Mas foi em 1958 que ele começou seu reinado. Naquele ano, Pelé tratou de conquistar o primeiro de muitos recordes de sua carreira. Marcou 58 gols pelo Campeonato Paulista vencido pelo Santos. Aquele time jogou 30 partidas, fez 143 gols, venceu 26, empatou 3 e perdeu apenas uma.
Convocado para a Copa do Mundo da Suécia, o menino franzino de 17 anos viajou com a delegação contundido. Não entrou em campo nos dois primeiros jogos e, por ironia, recebeu a camisa 10 para vestir aleatoriamente – hoje símbolo de craque.
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Seu primeiro jogo foi na vitória por 2 x 0 sobre a União Soviética. Seu primeiro gol em Mundiais foi nas quartas de final contra o País de Gales. Vitória por 1 a 0. Mas foi nas semifinais contra a França que Pelé começou a se tornar Rei. Marcou três vezes contra o time de Justin Fontaine na goleada por 5 a 2 e ajudou o Brasil a chegar à final.
Pelé é carregado vestindo coroa e carregando cetro na despedida no Morumbi
A consagração definitiva foi contra os donos da casa com outra goleada por 5 a 2. Pelé fez dois, um deles repetido inúmeras vezes até hoje, quando recebe cruzamento de Zagallo mata no peito e aplica um chapéu no zagueiro e toca para as redes sem a bola cair no chão. Após o jogo, o Rei Gustav IV proclamava Edson Arantes do Nascimento o novo Rei, Rei do futebol.
2 – O milésimo gol – Diante de tantas controvérsias estatísticas na época sobre a quantidade de gols que ele havia feito na carreira até então, Pelé chegava ao Maracanã em 19 de novembro de 1969 com um objetivo: marcar o milésimo gol de sua carreira e acabar de uma vez com a polêmica.
Santos e Vasco não brigavam mais pelo título, mas o palco era um dos preferidos do time na década de 1960. “Jogando em casa”, Pelé viu o Vasco marcar o primeiro a 17 minutos de jogo. O empate do time de Vila Belmiro foi aos 10 minutos do segundo tempo. Gol contra de Renê.
O goleiro argentino Andrada já havia evitado o milésimo com uma grande defesa. O Rei também havia acertado o travessão e o esperado tento não saia. Aos 33 minutos do segundo tempo, o zagueiro vascaíno derruba Pelé na área. Quis o destino que o milésimo gol do craque fosse numa cobrança de penalidade. Andrada revoltado arremessa a bola no gramado enquanto todo estádio, inclusive vascaínos, gritam o nome dele. Pelé parte para a bola, faz uma leve paradinha e toca rasteiro no canto esquerdo de Andrada. Santos 2 a 1. Pelé 1000 vezes nas redes há 41 anos.
3 – O gol da Rua Javari – Entre os 1.284 gols da carreira, um deles foi escolhido pelo próprio Pelé como o mais bonito da carreira: o gol marcado contra o Juventus, no estádio Conde Rodolfo Crespi, na Rua Javari, na Mooca, em São Paulo.
Em 2 de agosto de 1959, o Santos vencia o Juventus por 1 a 0 numa tarde de muita chuva pelo primeiro turno do Campeonato Paulista. A torcida criticava Pelé, que não fazia uma boa atuação. A torcida presente o vaiava e Pelé resolveu responder com uma obra prima. Recebeu passe da direita e deu chapéu no primeiro zagueiro na entrada da área. Chapelou o segundo e o terceiro zagueiro sem deixa a bola cair. O goleio “mão de onça” saiu para abafar a jogada e também foi chapelado, deixando o camisa 10 com o gol vazio para completar de cabeça. Ali nasceu a comemoração “soco no ar”.
4 – Santos 5 x 2 Benfica – O Santos conquistou o título de campeão do mundo pela primeira vez em 1962 numa das maiores atuações de Pelé com a camisa do Santos. Para muitos, seu maior jogo. O rei prefere a do gol de placa (ver abaixo), mas o fato é que a vitória por 5 a 2 sobre o Benfica, no estádio da Luz, em Lisboa, é uma aula de futebol.
Pelé marcou três gols. O primeiro de carrinho após passe do ponta esquerda Pepe. Depois passou por três defensores portugueses e fez o segundo. O terceiro gol foi ainda mais bonito e foi de Coutinho, com assistência de Pelé após jogada magistral. Avançou pela direita, invadiu a área dando uma meia-lua no defensor e rolou para o camisa 9 marcar. O quarto gol foi outra pintura. Pelé fez jogada individual, dando uma meia-lua e uma caneta no mesmo zagueiro. Depois de vencer vários rivais, fez o gol após rebote do goleiro no seu primeiro chute. Pepe fechou a contagem e a torcida adversária aplaudiu a maior exibição do time de Pelé na história.
5 – Copa de 1970 – Pelé fez da Copa de 1970 no México seu palco. O Rei chegou ao México com 29 anos e destinado a encerrar sua participação em Mundiais com o título. Talvez para abrandar a frustração da torcida pela eliminação brasileira ainda na primeira fase em 1966. Também para coroar de vez sua passagem pela seleção brasileira O esquadrão brasileiro de talentos como Gerson, Tostão, Rivelino, Clodoaldo e Jairzinho tratou de ajudar Pelé a sair em grande estilo dos Mundiais. Pelé foi o maestro de um time que jogava por música. O Rei fez jogadas que entraram para a história. Bolas que não entraram no gol e, por isso, são espetaculares. Seus não-gols contra a Tchecoslováquia, de antes do meio-campo, contra a Inglaterra, de cabeça para defesa de Gordon Banks, e os dois contra o Uruguai de Mazurkiewicz, são exemplos de sua genialidade.
6 – Pelé parou uma guerra – O Santos foi excursionar na África em 1969, o time de Pelé parou uma guerra civil no Congo Belga. Para que o time pudesse transitar em segurança, os exércitos rivais declararam trégua. E o Santos pôde fazer dois amistosos no País em paz.
Pelé não foi o artilheiro da seleção, mas fez gols e deus passes geniais. O primeiro deles contra a Tchecoslováquia na estréia. Matou no peito e fuzilou o gol adversário de pé direito. Contra os ingleses, Pelé serve Jairzinho no gol do triunfo. Contra a Romênia na última rodada da primeira fase, Pelé marcou dois na vitória por 3 a 2. Ele abriu a contagem cobrando falta e fez o terceiro de carrinho após cruzamento de Tostão. O Brasil vence o Peru sem gols do Rei. Contra a Itália. O gol de cabeça de Pelé após cruzamento de Rivellino abre o placar. Pelé ainda deu assistência de cabeça para Jairzinho marcar o terceiro e rolou para Carlos Alberto marcar o quarto na conquista do tricampeonato.
7 – Pelé expulso? Tira o árbitro de campo – Em 17 de julho de 1968, Pelé foi protagonista de um momento único na história do futebol. No amistoso entre Santos e um selecionado olímpico da Colômbia, o árbitro Guillermo Velásquez expulsou Pelé. Era a primeira expulsão da carreira do Rei, em tempos que o cartão vermelho ainda não tinha sido inventado. Seria a primeira. Os 50 mil colombianos que lotavam o Estádio Campín, em Bogotá, gritavam “Queremos o Rei. Fora El Chato”. A organização do amistoso decidiu tirar o árbitro de campo, dando a ele um papel secundário na partida como fiscal de linha, nomeou outro árbitro para a sequência do jogo e chamou Pelé de volta a campo. O Santos venceu por 4 x 2.
8 – Gol de placa – Pelé não foi o inventor do gol de placa. Foi o protagonista da obra que mereceu uma placa pelo feito. O autor, o jornalista Joelmir Beting, que via o Rei do futebol fazer um dos mais belos gols da história do estádio Mario Filho, o Maracanã. O próprio Pelé acredita, e disse em entrevista à revista Placar (veja aqui), que o aquele jogo contra o Fluminense em 5 de março de 1961 foi sua maior exibição pelo Santos.
A partida era valida pelo Torneio Rio-São Paulo. Aos 40 minutos do primeiro tempo, O Santos vencia por 1 a 0. Pelé pegou a bola próximo da grande área santista e partiu em direção ao gol do tricolor, defendido por Castilho. O Rei driblou quatro adversários e tocou no canto direito do gol do Fluminense. O jornalista decidiu fazer uma placa para homenagear o gol feito pelo craque e deu origem à expressão “gol de placa”.
SERÁ QUE OS ARGENTINOS AINDA VAI FICAR FALANDO BESTEIRA SOBRE O REI?
Na Seleção Brasileira
Copa do Mundo: 1958, 1962 e 1970.
Copa Roca: 1957 e 1963.
Taça Oswaldo Cruz: 1958, 1962 e 1968.
Taça Bernardo O´Higgins: 1959.
Na Seleção das Forças Armadas
Torneio Sulamericano Militar: 1959.
Na Seleção Paulista
Campeonato Brasileiro de Seleções: 1959
No Santos Futebol Clube
Taça Intercontinental: 1962 e 1963
Taça Libertadores da América: 1962 e 1963
Recopa Intercontinental: 1968
Taça Brasil: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965.
Taça Roberto Gomes Pedrosa (Taça de Prata): 1968
Torneio Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964, 1966 e 1968
Campeão Paulista: 1958,1960,1961,1962,1964,1965,1967,1968,1969,1973.
Torneio Laudo Natel: 1974
Torneio de Paris (França): 1960, 1961
Taça das Américas: 1963
Torneio Pentagonal do México: 1959
Taça Tereza Herrera (Espanha): 1959
Torneio de Valência (Espanha): 1959
Torneio Dr. Mario Echandi (Costa Rica): 1959
Torneio Giallorosso (Italia): 1960
Quadrangular de Lima (Peru): 1960
Torneio Itália 1961 (Itália): 1961
Torneio Internacional da Costa Rica (Costa Rica): 1961
Pentagonal de Guadalajara (México): 1961
Torneio Internacional da Venezuela (Venezuela): 1965
Hexagonal do Chile (Chile): 1965, 1970
Torneio de Nova York (Estados Unidos): 1966
Torneio da Amazônia: 1968
Pentagonal de Buenos Aires (Argentina): 1968
Octagonal do Chile (Chile): 1968
Torneio de Kingston (Jamaica): 1971
No Cosmos de Nova York/EUA
Campeão Norte-Americano: 1977
Combinado Santos FC/CR Vasco da Gama
Torneio Internacional do Rio: 1957
SE VOCÊ CONHECE MAIS ALGUM TITULO DO REI, COLOQUE AQUI!
"VIVA NOSSO REI DO FUTEBOL, ORGULHO DO BRASIL".
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