Fernando, o Pessoa,
Ser já de si ficcional,
Quando se quis Camões
Foi ainda mais poético
Grande, mas não épico
Se fez a lira de Portugal.
E as pessoas de Fernando
O tornaram ainda mais ente.
Todos tão iguais poetizando
O (re)tornam então diferente:
Frenético, cético, indiferente...
Pessoas, Fernando não foi gente.
Foi o que se é quando se lê...
Cada um re-des, faz alusões
Mas não é literatura
Senão se acaso a si forjes:
Quando se quis camões
Pessoa, antes do próprio, foi Borges.
Rogerlando Gomes Cavalcante
Poeta cearense
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