Dedico aos colegas médicos
Na mata, padecendo sob o vento,
Num frio glacial, eu não me movo.
Num pranto de saudade do meu povo
Desejo um pouco de contentamento.
No seio da metrópole, eu me atormento,
Sofrendo grande dor, eu me comovo.
Sentindo-me tão só, sofro de novo,
Mas busco outro lugar... Até que eu tento!
No meio da estrada, eu sinto um medo,
Que diz, a mim, fazer longo degredo
Nas trevas da sofrida solidão.
E em choro, borrando o receituário,
Existe outro valente solitário
Largado nas entranhas de um plantão.
Sávio Pinheiro
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