Nascida em Sobral, zona norte do Ceará, Maria Tomásia Figueira Lima foi casada com o abolicionista Francisco de Paula de Oliveira Lima. Era considerada excelente oradora. Sua atuação junto ao movimento em prol da liberdade dos escravos tornou-a reconhecidamente a alma feminina da campanha pela abolição. Ocupou o cargo de presidente da Cearenses Libertadoras, sociedade organizada em uma reunião na chácara de José do Amaral, no Benfica, na qual esteve presente José do Patrocínio. Durante a solenidade foram entregues cartas de alforria a seis escravos. Na instalação solene da Cearenses Libertadoras, fato ocorrido nos salões do Clube Cearense, foi executado o hino da Sociedade Cearense Libertadora, com música de João Moreira da Costa e letra de Frederico Severo, além de serem entregues setenta e duas cartas de alforria, concedidas por eminentes representantes da sociedade cearense.
Os primeiros exemplos de organização de mulheres nos vieram das regiões norte e nordeste, no final do século XIX, e eram voltados para a causa abolicionista. Nascida no Ceará, em 1882, a Sociedade das Senhoras Libertadoras ou Cearenses Libertadoras, presidida por Maria Tomásia Figueira, em parceria com Maria Correia do Amaral e Elvira Pinho, atuou em defesa da liberdade fundando associações em Fortaleza e no interior do estado, contribuindo para que, em 1884, a Assembléia Legislativa provincial, finalmente, decretasse o fim da escravidão no Ceará.
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