Nada é mais destrutivo para nossa compreensão da expiação de
Cristo do que o sentimentalismo que passa pelo cristianismo em nossos
dias (tudo na tentativa de adaptar o evangelho ao pensamento moderno).
No entanto, devemos sempre reconhecer humildemente que nada que possamos
dizer sobre Deus nunca poderá fazer justiça a Deus, especialmente
quando consideramos a expiação. Devemos evitar a tentação de reduzir a
morte de Jesus na cruz a apenas um “exemplo de amor altruísta”.
Certamente foi isso, mas, considerando nossa condição de pecadores,
seria necessário mais do que “um exemplo de amor altruísta” para nos
redimir. Exigiria, em lugar disso, que Deus sofresse toda a força de Sua
própria ira contra o pecado.
9. Qual foi o brado de Jesus na cruz? Como devemos
entender essas palavras? Por que Jesus disse isso? Como esse
impressionante grito nos ajuda a entender o preço da nossa salvação? Mt 27:46
“E agora, estava a morrer o Senhor da glória, o resgate da
humanidade... Sobre Cristo, como nosso substituto e penhor, foi posta a
iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de nos
redimir da condenação da lei... O Salvador não podia enxergar para além
dos portais do sepulcro... Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus
que Sua separação houvesse de ser eterna... Foi o sentimento do pecado,
trazendo a ira divina sobre Ele, como substituto do homem, que tão
amargo tornou o cálice que sorveu, e quebrantou o coração do Filho de
Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 752, 753).
Jesus dirigiu essa oração a “Deus” e não ao “Pai”, como Ele
sempre tinha feito. Os brados de Cristo na cruz não foram uma
demonstração exemplar de que Ele parecia sofrer, a fim de mostrar que
nos ama. Não! Era Deus Se entregando à morte para que nosso destino não
fosse determinado pela morte. Era o próprio Deus morrendo a morte da
qual podemos ser poupados, a morte que, do contrário, o pecado traria a
todos nós.
Três evangelhos registram que Jesus clamou em alta voz da cruz,
enquanto estava morrendo. Esses altos brados são igualmente mencionados
no livro de Hebreus: “Durante os Seus dias de vida na Terra, Jesus
ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, Àquele que O
podia salvar da morte” (Hb 5:7, NVI). O “brado de desamparo” de Jesus é o
clamor mais doloroso da Bíblia. Nos evangelhos, não existe nenhuma
expressão que se iguale à de Jesus na cruz. Nesse brado temos um
vislumbre do que o Senhor estava disposto a sofrer, a fim de nos trazer a
salvação.
Enviado por Fatinha Gregório via orkut
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