Como será o dia a dia
Na casa desses pais
Ao olhar o guarda-roupa
Ver suas roupinhas e saber
Que ela não estará mais presente
Seus brinquedinhos
As bonequinhas, fogãozinhos, etc.
Seus pratinhos, colherinhas, copinhos.
E a sua caminha aonde a noite
Era embalado o seu sono
Com cantigas de ninar.
É triste em saber
Que não irá mais ouvir a sua voz
Chamando papai, mamãe
E a sua risada gostosa
Num momento de felicidade
E nem tampouco o seu choro
Num momento de raiva e tristeza.
A morte é traiçoeira, sagaz
Fria e calculista
Mas vendo por outro lado
Talvez Deus estivesse precisando
De um anjo
Para ao seu lado ficar
E velar por todos nós
Que estamos vivendo essa vida
Dura, cruel e cheia de ilusões.
Partiste tão cedo
Um ser pequeno
De coração tão grande
A tristeza que era pequena
Agora se tornou tão grande
Sem a nossa doce Júlia.
Israel Batista
Recife 7/2/12
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