MARIA DE LURDES COSTA (DORINHA) UMA VIDA UMA HISTÓRIA

Faltam-me palavras para falar nesse momento, o sentimento de pesar que estou sentindo agora. Quando o telefone tocou, que ouvi a notícia que a senhora Maria de Lurdes Costa, que todos a conhecem por Dorinha, e nós todos seus sobrinhos conhecemos e chamamos carinhosamente por TITIA, tinha falecido nesse primeiro de março de 2012, confesso que foi um baque, mas sem querer aceitar, todos nós éramos conscientes que esse dia mais cedo ou mais tarde iria chegar. Só que a gente busca não aceitar essa hipótese, e fica tentando ver a cura dos males que sobre ela vinha se apoderando.
Titia foi aquela mulher ativa, religiosa, que soube viver a vida e passar uma educação primorosa aos seus filhos, da qual com seu amor maternal ainda criou mais dois. Eu tinha um carinho muito grande por ela, pois ela era a tia mais próxima, das irmãs de minha avó materna desde praticamente meu nascimento que ela é uma figura presente na família, da qual é madrinha de minha mãe, mãe adotiva e madrinha de minha irmã, e também minha madrinha de consagração. Titia deixará uma lacuna impreenchível em nossas vidas, jamais olvidaremos a sua pessoa, sua história de vida prima pela bondade, pelo amor que ela soube demonstrar aos seus filhos, sobrinhos, irmãos, netos, noras e enfim, a todos que lhes estendia as mãos em busca de auxilio. Hoje a nossa vida ficou um pouco vazia sem a pessoa de Dorinha, a nossa tia que sempre foi presente, dando-nos conselhos, dando-nos uma orientação para galgarmos o caminho do bem. E com a partida de titia, encerra-se a geração de minha avó, ela era a única viva dos seis irmãos. Agora a família de Raimundo Costa e Clara Maria está completa ao lado do pai eterno, os irmãos Maria, Zé, Isabel, Eulina, Antonio e agora Dorinha. E com essa partida ela também vai ao encontro de seu esposo e primo João Costa, da qual foste fiel em todo seu viver.
Mas como na vida há muitas flores perfumando o nosso viver, sabemos que também há muitos espinhos perfurando-nos cruelmente. Esse espinho que agora perfuram o nosso ser é muito dolorido e a sua perfuração custará a cicatrizar, pois a dor da partida de alguém que a gente ama, com certeza a gente não esquece, fica no peito doendo, dia após dia, virá a conformação, mas jamais o esquecimento, titia foi e para sempre será inesquecível, todos seus sobrinhos o amam e tem deveras admiração pela pessoa bondosa que cativou nossos corações ao longo de nossas vidas. E nem consigo imaginar a dor que estão sentindo os seus filhos, pois nesse dia sombrio de marços perderam a sua mentora, a mulher que guiou os primeiros passos. A rainha de suas vidas, mas nosso escritor maior Padre Antonio Vieira em um dos momentos inspirados de sua vida falou assim das mães: “As mães não morrem. Mesmo desaparecidas continuam bem vivas nas saudades dos filhos e nas lágrimas dos que a conheceram.” Que sábio pensamento o Padre Vieira passou para nós, pois será assim, titia nunca morrerá de nossas vidas, e será uma eterna saudade, como diz aquele bonito cântico: “Só se tem saudades do que é bom.” E como foi bom ter titia do nosso lado! Foi um presente de Deus em nossas vidas, e agora tivemos contra a nossa própria vontade devolver a Deus com o coração contrito de dor. Descanse em paz titia e aqui ficará as saudades de seus quatros filhos, Jonas, Cícera, Jorge e Isabel e dois adotivos Francisca (Ita) e Solange, duas noras, seis netos e um bisneto, e de todos seus sobrinhos, cunhados, primos, parentes e amigos que hoje derramaram uma lágrima de saudades pela sua partida a casa do pai.

Israel Batista

Lembrem-se assim disse Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.”