Existe sempre um ano em nosso viver, que por
nós jamais se acabaria, e é nesse mesmo período, aonde você cultiva uma legião
de amigos, que perdurarão por toda sua vida. Comigo em si foi toda a década de
oitenta, onde eu vivia a minha infância e adolescência. Destaco como amigos
daqueles áureos anos, o Tiziu, Carlos César, Hermógenes e Eduardo Balbino,
Marlene Correia, Sérgio Borges, Gerson, Cleomar Gonçalves, Edval, Diolina,
Gabriel, Vicente Pereira, Dalice, Ivani, Carlos César (Hoje padre), Elza
Bezerra, Valdísio, Sóro, Gizalda, Luiz Batista (In Memorian), Rejane e Sua irmã
Betânia e muitos outros que me fogem a mente, pois eu fui o maior cultivador de
amizades.
Mas
no meu período escolar, teve uma classe da quarta série da escola Presidente
Castelo Branco, que foi uma turma inesquecível, que ainda hoje me são amigos
caros. São quarenta e seis contando comigo, hoje estão espalhados por todo o
Brasil, mas os laços de amizades ainda hoje nos unem, pois foi uma amizade
verdadeira e profícua. Nessa classe rolaram de tudo, palhaçadas, paqueras,
romances, briguinhas e muita vontade de estudar. Nesta sala tinha o aluno pior
e o aluno estrela do turno tarde. Israel e Nonato esses dois competiam pra
saber qual seria o mais bagunceiro daquela sala de aula, já no extremo tínhamos
Luiz José, Sidneide, Isla Mônica, Cleide Carneiro e Maria Alcântara procurando
saber quem tirava as melhores notas desta classe.
Mas como diz a música, amigo e companheiro do
Balão Mágico: “mas a Escola é a luz que ilumina os caminhos da gente.” Foi com
certeza a luz que iluminou até os dias atuais, pois naquele tempo em que nós
estávamos abrindo os olhos da cegueira do analfabetismo. Muito deles hoje não
conseguiram se realizar profissionalmente, mas encontrou uma maneira de se
sustentar na vida, pra si e sua família. Uns sonharam ser doutor, outros
artistas, enfim cada um tinha um sonho a realizar no futuro, se não
conseguiram, não deixou nenhum deles frustrados, pois eles venceram na vida só
que de outra forma, e hoje os que têm filhos o educam e fazem de tudo para que
eles se realizem nos seus sonhos.
Quarenta e seis alunos, quarenta e seis
cabeças pensando diferente, pois como disse Raul Seixas: “cada um de nós é um
universo.” Mas a única particularidade que tinham em comum, era só o desejo de
estudar. Mas como eu disse cada um tinha a sua maneira de se portar na classe,
uns eram um poço de aborrecimentos, outros palhaçada em geral, outros uma
simpatia sem igual, já tinha outros que só iam no intuito de estudar e não se
ligar nas travessuras dos demais. Por isto essa classe foi marcante no meu
ponto de vista, e acho que cada um devia escrever as memórias de sua vida, se
for interessante publique para que todos venham conhecer a sua historia, a
dessa turma está aqui descrita e eu espero que vocês gostem boa leitura, e
saiba as memórias é a melhor coisa para documentar e recordar o passado.
Israel Batista
Gostei muito do texto!
ResponderExcluirAcho que o tempo de escola fica pra sempre em nossa memória!
Tenho boas e ruins lembranças do tempo de escola.