Na década de 60, o agente dos correios, o Sr.
Lino, chegando de Cedro em seu Jipe, paro-o em frente à oficina de João Alves e
disse-lhe: “ô João, tem um trem quebrado no Cedro e já faz muitos dias. Os
técnicos da REFESA e mecânicos de Fortaleza já tentaram de tudo quanto é jeito,
mas não consertaram. Aí eu caí na besteira de apostar que tu consertava e vim
te buscar”. João Alves achando a história complexa disse-lhe que ia apenas ver
como era, pois não prometia consertá-lo já que nunca tinha visto uma máquina
daquela. E se foram.
Chegando ao local, um dos engenheiros
irritado disse: “esse matuto aí, deixo mexer não”. O chefe da estação, que
havia apostado com Sr. Lino, tratou de possibilitar a vistoria de João Alves na
máquina do trem. Ele observou por algum tempo aquela fantástica máquina e
percebeu que um certo pino deslocado do seu local adequado, obstruía o
movimento rotativo do trem. Pediu uma marreta e com duas pancadas recolocou o
pino no local de origem e disse; “solta o vapor”. O trem voltou a funcionar
normal, o engenheiro pediu desculpas a João Alves, seu Lino ganhou a aposta e
foi a maior festa. Ainda hoje se comenta esta façanha do Mestre João Alves.
Cesário Ney
Do
seu livrinho “João Alves Um gênio no seu tempo”. Pag. 07. Ano 2004.
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