Fogo na Floresta do Araripe
Passar os dias a procurar
Na solidão dos desertos
O que sempre esteve tão perto
Brincar com fogo e não queimar
Mergulhar nas incertezas
Nadar contra a correnteza
Não aproveitar o céu de brigadeiro
Vestir um leve desespero
Não ter a luz dos olhos teus
Simplesmente dizer adeus
Mas de repente o encanto
Ouço-te a voz, suave canto
Um beijo e o espírito de renova
Como a floresta, que ardendo chora
E tem todo seu lamento
Acalentado pela chuva
Os seres da mata se curvam
Reverenciando um sentimento
Ao mesmo tempo novo e antigo
Atual e eterno, livre e cativo.
(Alex Josberto)
poeta varzealegrense
*Foto de Pachelly Jamacaru
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