(Inspirada na poesia "Nova canção do exílio"
de Ferreira Gullar)
Meu amado tem palmeiras
onde eu faço o meu ninho,
Se me deito em seu colo,
vem encher-me de carinho.
Quando a ele me achego,
no seu corpo em desalinho,
se me abraso nesse fogo,
sou um livre passarinho.
Meu amado tem palmeiras,
onde entoou o meu cantar,
Sou qual ave de rapina
do seu corpo a se alimentar.
Permaneço perto dele
com Deus a abençoar,
pois se fico sem seu cheiro,
ah, que saudade me dá!
Só meu amado tem palmeiras
onde eu posso me aninhar.
E assim quero viver,
eternamente a cantar,
ao lado do meu amado,
com seu amor a me abrasar.
Só meu amado tem palmeiras,
onde eu serei seu sabiá.
Márcia Kaline
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