José Domingos de Moraes, “DOMINGUINHOS”, nasceu em Garanhuns – PE em 12/02/1941, filho do mestre Chicão, um famoso tocador e afinador de foles na região do agreste meridional. Começou a tocar aos seis anos, com os irmãos, e com oito conheceu Luiz Gonzaga, que virou seu padrinho musical. Entre sete e oito anos, foi ouvido por Luiz Gonzaga, que lhe deu seu endereço no Rio de Janeiro. Seis anos depois, indo morar com o pai e o irmão mais velho no subúrbio carioca de Nilópolis (onde aos sábados participava de forrós), resolveu procurar Luiz Gonzaga e ganhou dele uma sanfona e anos depois teve a oportunidade de acompanhá-lo em shows e gravações.
Em 1957, formou um trio, com Borborema e Miudinho, e pouco depois precisou aprender os ritmos da moda, como boleros e sambas-canções (pois só sabia baião), para se apresentar com o irmão Morais no cassino em Vitória – ES. De volta ao Rio de Janeiro tocou na gafieira Cedo Feita, na Churrascaria Gaúcha, na boate Balalaica e no Dancing Brasil, onde formou o grupo Nenê e seu conjunto ( Nenê foi seu primeiro apelido dado por Gonzagão). A convite de Pedro Sertanejo, pai de Osvaldinho, gravou, em 1965, um disco destinado aos nordestinos que tentavam a sorte no Rio e em São Paulo. Dois anos depois excursionou pelo nordeste afora com Gonzagão, acumulando as funções de sanfoneiro e motorista. Nessa viagens conheceu Anastácia com quem formou uma dupla de grande sucesso. Pelas mãos de Guilherme Araújo começou acompanhar Gal Costa e Gilberto Gil.
Em 1967, apresentava-se na Rádio Nacional, sendo convidado por Pedro Sertanejo para gravar pela etiqueta Cantagalo seu primeiro LP (gravaria a seguir mais LPs de forró nessa etiqueta).
Em 1972, tocou pela primeira vez em teatro, no show de Luiz Gonzaga, cujo título foi Luiz Gonzaga volta pra curtir, apresentado no teatro Teresa Raquel, no Rio de Janeiro, no qual se destacou. No ano seguinte fez parte do grupo que se apresentou com Gal Costa no Midem, em Cannes, França, acompanhando, na volta, a cantora no seu show Índia.
Um de seus maiores sucessos como compositor foi “EU SÓ QUERO UM XODÓ”, (com Anastácia), gravado por Gilberto Gil, em 1974, ano que participou do show A feira, com o Quinteto Violado.
Em 1980 apresentou no II Festival Internacional de Jazz, em São Paulo e, no ano seguinte, teve presença destacada no programa Som Brasil, da TV Globo.
Em 1984 sua música Tantas palavras, parceria com Chico Buarque, foi gravada por Chico no álbum Chico Buarque, com sucesso. As vendas de seus discos cresceram, em meados da década de 1980, puxadas por dois sucessos, ambos com Nando Cordel: a romântica De volta pro aconchego, gravada por Elba Ramalho, e o forró Isso aqui tá bom demais, que ele gravou com Chico Buarque. As duas versões foram incluídas na trilha sonora da novela Roque Santeiro da TV Globo. Nesse ano, acompanhou Toquinho no show Canta Brasil, no teatro Sistina, de Roma – Itália.
Em 1993, Dominguinhos criou o projeto “Asa Branca” patrocinado pela Caixa Econômica Federal, levando shows gratuitos às praças públicas, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, entre outros. Este signatário em 1993 teve a oportunidade de assistir um show com Dominguinhos na cidade de Pedro Leopoldo – MG por ocasião de suas férias naquele lindo estado.
Em 2008 Dominguinhos foi o grande homenageado na última edição do Prêmio Tim de Música Brasileira.
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