quarta-feira, 7 de julho de 2010

NOSSO HINO


Com o advento e o incremento dessa famigerada Internet, muitas coisas surgiram do nada e, graças a Deus, para lá voltaram com a velocidade do corisco. Até celebridades e sub-celebridades de repente reaparecem, estrondosamente, para galgarem novos 15 minutos de fama. No entanto, se não fosse a rede, nunca eu e youres iríamos saber das novidades com tal agilidade e detalhes. Hoje eu sei de coisas que nem em mil anos aprenderia, se não transitasse aqui nesta cybervereda. Por exemplo: Sei que Ivete Sangalo foi ao banheiro as 10h43min do dia tal do ano em curso; sei também que Angélica fraturou um dedo do pé, em pleno serviço doméstico - além de ser mulher do Luciano Huck; aprendi que Luana Piovanni gosta de andar sem calcinha, e por aí vai...E agora, a pérola mais supimpa do ano nos chega através de Vanusa (cantora pós-jovemguardista bissexta), e sua novíssima interpretação surrealista-grogue-lisérgica para o Hino Nacional Brasileiro.

Tudo bem que os louros dessa façanha se assentem sobre a cabeça daquela cantante, mas temos que fazer justiça aos fatos: Pouca gente sabe, ou mencionou, o verdadeiro precursor e mestre na moderna arte interpretativa e releiturística do nosso hino. E é por isso que eu - que como sempre mato a cobra, mostro pau e no mais das vezes apresento o dito cujo, sem nem matar nada -, trouxe o cidadão que merece todas as homenagens.

Agora, cá pra nós, esse hino apresenta um linguajar tão invocado e rococolístico, que qualquer um, mesmo sem está turbinado com alguma substância lombrática ou alucinojenta, está apto a se engachar naquele vernáculo. Por isso é que há alguns anos eu confeccionei uma versão mais popularesca desta página melódico-nacionalista, para que o povo em geral pudesse entoar o bicho sem maiores aperreios. Vejam aí a letra:



NOSSO HINO

As beiras do riacho escutaram

O grito alto e forte de um magote de gente

E o sol bacana feito a peste

Alumiando tudo de repente

Se a garantia de ser tudo igual

Conseguimos no tabefe e na porrad

Seria eu capaz de viver preso

Só pra mamãe poder ser liberada



Aqui e agora um raio à terra desce

Bolito, aloprado, lindo e chique

No mesmo instante no céu aparece

Uma cruz brilhando à moda um foquite

O lugar é grande porque é

É enorme, é supimpa, é gigante

E conforme seja ele tratado

Pode até se tornar uma coisa muito mais maior de grande



Ô lugar legal!

Ô lugar de gente fina!

Salve, salve! Viva, viva! Arre égua!

Benza Deus! Que coisa linda!



Flogado que só filho de deputado

Ouvindo o som do mar, cheio de bossa

Dando na vista, servindo de enfeite

Recebendo a luz do sol em terra nossa.

Os pastos daqui são assim de flores

Muito mais que em terras de além mar

As matas daqui são cheias de bichos

Tem onça, tem veado e tem gambá.



Que o pano da bandeira represente

Um amor daqueles que nunca se viu jamais

E a cor da dita cuja diga o que há de bom

Daqui pra frente e daqui pra trás

Pois embaixo do cacete da justiça

Verás que, quando um de nós se zanga

Se invoca, se enfeza, parte pra briga

Não tem medo nem do cão chupando manga.



Taí. É claro que eu vou gravar esta beleza, e vou mandar em primeira-mão para a Vanusa.

P.S.: A melodia também é minha. Portanto, não tente cantar esses versos sobre a música de Francisco Manuel da Silva, pois, provavelmente não dará certo. Aguarde o meu CD!



*O Brasil está de um jeito tal, que nem os fatos inesperados causam surpresa.*



Escrito por Falcão cantor e compositor

copilado de seu blog

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