Ele nasceu no dia 6 de agosto de 1910 na cidade de Valinhos, no Estado de São Paulo, recebendo o nome de João Rubinato , ficando conhecido como o maior intérprete e autor do samba de São Paulo com o nome de ADONIRAN BARBOSA.
Como todo menino de família pobre, começou a trabalhar muito cedo, exercendo várias profissões modestas, enquanto tentava ser cantor
participando de vários programas de calouros, principalmente na Rádio Cruzeiro do Sul de São Paulo.
Já havendo composto alguns sambas, foi em 1955 que seu nome apareceu quando os “Demônios da Garoa” (conjunto de São Paulo) gravaram o samba “Saudosa Maloca”. No mesmo ano, um samba característico daquele Estado, com o linguajar caipira e paulistano italianado: o “Samba do Arnesto”, retratou as camadas populares de São Paulo.
Depois desses dois sambas Adoniran ficou conhecido no Rio de Janeiro e em todo o Brasil.
A ponto de participar das músicas relativas ao 4° Centenário da cidade do Rio de Janeiro, com o samba “Trem das Onze”, que se popularizou no concurso então realizado.
Parece mentira, um compositor de samba paulista foi o vencedor do concurso do 4° Centenário de nossa Cidade.
Sobre este samba, o compositor e radialista Luiz Vieira, costuma dizer que Adoniran inspirou-se em seu “Menino de Jassanã” para compor “Trem das Onze”.
Ele afirma que possui uma gravação de Adoniran confessando ter-se inspirado em sua composição
Apesar de ter minhas dúvidas, porque conheci primeiro “Trem das Onze” e só depois, “Menino de Jassanã”, quando ouvi esta última pela primeira vez, percebi que havia algo em comum entre elas. Seja no nome do local, seja na presença da mãe esperando seu filho...enfim, há algo que liga uma a outra.
Adoniran não foi apenas compositor, ele também atuou em programas humorísticos, como “Papai Sabe Nada” e “Ceará contra 007”, além de participar da primeira versão da novela de Ivani Ribeiro “Mulheres de Areia”, na TV Tupi.
Na 1ª Bienal do Samba apresentou o samba “Mulher, Patrão e Cachaça”.
Em 1974 lançou seu primeiro LP individual, registrando antigas e novas composições, como “As Mariposas”, “Iracema” (grande sucesso), Apaga o Fogo, Mané” e, como não poderia deixar de ser “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”.
No ano seguinte, novo LP com outros sambas, dentre eles “Samba do Arnesto” e “Triste Margarida” (Samba do Metrô).
Esse foi o estilo que tornou Adoniran Barbosa o compositor mais popular de São Paulo.
Adoniran Barbosa faleceu em São Paulo, em 23 de novembro de 1992, aos 82 anos
2010 foi o ano do Centenário de Adoniran e ele recebeu homenagens especiais principalmente na cidade de São Paulo.
Norma Hauer
O blog ficou ainda melhor de cara nova.
ResponderExcluirParabens, poeta.