terça-feira, 4 de janeiro de 2011
A meu pai
Deitado, parado, quieto e torto
Na mais agoniante calmaria,
Que embora eu soubesse que dormia,
O teu corpo, pai, parecia morto.
Sonhos escuros te deixavam absorto,
O que meu pai assim te infligia,
Tenho certeza, ela a mim viria
E sofrer contigo é até um conforto.
Dos pecados que fosses pioneiro,
Serei o excomungado derradeiro,
Último elo de uma prisão genética.
Não só herdei o sangue de assassino,
Também, eu, me matei quando menino.
Seguir teus passos foi questão de ética!
WILL ESCRITOR ANALFABETO
http://escritoranalfabeto.blogspot.com/
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