sábado, 24 de dezembro de 2011
SONETO TÓXICO
Eis a distinção de um espigão branco
Entre dedos nus
Ou a mostrar-se quando
Ao lado um par de olhos verdes ou azuis.
Imagens leves ao vento de consumação dupla,
Sabor neurológico de pura imitação,
Veneno universal que a mente insufla
A vísceras cancerosas entre pele e pulmão.
Quem não usa também se contamina:
Perde a elegância... Perde o cheiro...
Vai-se o pudor pela narina.
Ventres inflados de véu fagueiro,
Iguais em tudo: cocaína, parafina, nicotina... sina assassina!
Filho sem trono... Pai sem herdeiro...
Francisco Assis Costa
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