Da
espuma do mar o Recife nasceu
Do
sangue de heróis, sobre a pedra
Sagrada,
se embebeu.
Do
gado e do açúcar seu trono forjou
E
a mata e o sertão governou.
Primeiro,
apareceu Bento Teixeira,
Cantou
o mar azul e a branca areia,
O
arrecife. O veio prateado,
E o sol brilhando com sua candeia.
Depois
foi o rubi de Camarão
Contra
o azul e o ouro de Nassau
E
o diamante negro dos Henriques,
Topázio
do moreno André Vidal.
E
assim, entre os combates do Recife,
Foi
o Nordeste sendo consagrado:
No
sangue é que se tece esta coroa
Por
isso ainda hoje é o Recife
A
capital deste Nordeste inteiro:
E
é reino para o povo brasileiro.
Manuel
Bandeira canta a sua Aurora,
A
Rua da Saudade e da União.
Joaquim
Cardoso vê abrir-se, ao sol,
O
leque aceso, cauda do pavão.
E
finalmente o nosso Carlos Pena
Canta
o sangue da águia e o
Olho
do sol do seu Leão.
Ariano
Suassuna
Parabéns por publicar essa bela poesia
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