domingo, 11 de setembro de 2011

TÔ VELHA(O), QUE COISA BOOOAAAA!!!!!


Eu nunca trocaria meus amigos queridos, minha vida maravilhosa, minha
amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.
Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos
crítica de mim mesma. Eu me tornei minha própria amiga .. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou
para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de
cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até
as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles
sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, tiver
o desejo de chorar por um amor perdido... eu vou.

Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo
decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos
olhares penalizados dos outros no jet set. Eles também vão envelhecer.

Eu sei que eu sou às vezes esquecida. Mas há mais, algumas coisas na
vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode
quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma
criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é
atropelado por um carro?
Mas corações partidos são os que nos dão
força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é
imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos
grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos
profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes de
seus cabelos virarem prata.

Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa
menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Eu ganhei
o direito de estar errada(o).

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velha. A velhice me
libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para
sempre, mas enquanto ainda estiver aqui, não vou perder tempo
lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E
vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).

Que nossa amizade nunca se acabe porque é direto do coração!


Enviado por Klébia Fiúza

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