sábado, 20 de fevereiro de 2010
Barbearia
Os estabelecimentos modernos, independente do ramo principal de atividade, oferecem aos clientes diversos produtos e serviços. Em um só lugar o consumidor encontra vários itens. Hoje, os supermercados comercializam pneus, as farmácias negociam chinelos, e os postos de combustíveis oferecem tudo, até gasolina.
Por muitos anos, na cidade cearense de Várzea Alegre, a barbearia do espirituoso Vicente Cesário, estabelecida na antiga Rua Major Joaquim Alves, já oferecia vários serviços e produtos. No mesmo ponto comercial, além de cortar cabelo e fazer a barba, o cliente também tinha à sua disposição uma alfaiataria, cerveja gelada e o uso do banheiro.
Certo dia, um represente comercial visitava alguns clientes da pequena cidade quando sentiu uma forte cólica intestinal. Suando frio, indagou onde havia uma privada disponível. Todos indicaram a barbearia de Vicente Cesário. Ali, o uso do precário sanitário, instalado em um piso inferior, possuía preço tabelado pelo conhecido proprietário do lugar. O banho custava dois cruzeiros; defecar, um cruzeiro; e, urinar, cinqüenta centavos.
O visitante, por uma escada de madeira, desceu até o escuro subterrâneo da barbearia e, sob o olhar de alguns cururus nos cantos do úmido cômodo, aliviou-se na pouca higiênica retrete. Ao subir, o usuário se dirigiu ao dono da barbearia e foi logo pagando:
- Senhor, tome aí um cruzeiro.
- Conversa é essa. Me passe mais cinqüenta centavo. Você já viu um sujeito cagar sem mijar? – retrucou o barbeiro.
Flávio cavalcante
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Isreal...
ResponderExcluirObrigado por divulgar as postagens de Pedra de Clarianã. Amanhã, o blog completa um ano de existência. É só conferir: http://costacavalcante.blog.uol.com.br/
Abraços....