sábado, 20 de fevereiro de 2010
UM MOMENTO DE NOSTALGIAS
acordei uma bela manhã
em lugar diferente
onde lá eu encontrei
muita outras gentes
com passagens tão belas
que me deixou contente
quando pensei em sair
vó veio me perguntar
se eu ia pagar a conta
do táxi pra me levar
pra conhecer a redondeza
deste mavioso lugar
o taxista era Torrão
quanto tempo não o via
corri para lhe cumprimentar
transbordando em amor
neste momento lhe falei
da saudade que sentia
depois saimos contentes
sem querer parar
mas adiante vi um casal
querendo atravessar
as avenidas desta cidade
tive que me emocionar
eram meus avós paternos
que vinham das compras
que estavam descansando
em baixo duma sombra
mandei o táxi parar
se não a mágoa me arromba
eles me abençoaram
e me deram parabéns
pelo meu sucesso
que lá é grande também
perguntaram pelos filhos
que muito querem bem
sai no táxi
para o centro da cidade
ao chega lá desci
e falo com honestidade
que lugar mais belo
não vi em toda mocidade
Rosiane veio ao meu encontro
para me agradecer
pelas mensagens tão belas
que eu vivo a escrever
porque são aqueles escritos
que amenizam o seu sofrer
tio Miguel e tio Zé Pequeno
contavam histórias de trancosos
enquanto Jonas Roque ficava
na hora todo vaidoso
porque o seu porte atlético
o deixava mais charmoso
Divanira me perguntou
noticias do meu ceará
que ela não sabia
como estava por lá
e eu disse que estava
precisando melhorar
Seu Afonso Batista
com LP na mão
perguntei de quem era
com bastante animação
ele disse que era do Silvinho
o cantor de sua predileção
Neguinho e Nascisa
estavam conversando
ela neste momento
a ele ia comentando
que parou com a cachaça
e estava se alimentando
vi um Casimiro coco
só pode ser Damião
vou esperar terminar
pra lhe apertar a mão
e dizer que a saudade
maltrata meu coração
Zé Negão gritava alto
para mim e para vocês
Iran Costa é o prefeito
e o numero é dezesseis
espere dona Miolanda
que está chegando a sua vez
Maria Carlos e Tonico
dona Raimunda e Nelinho
andavam pelo centro
demonstrando o seu carinho
e com eles eu segui
alegre pelo caminho
vi o tio Vicente Venâncio
num lindo animal
cavalo bonito e de raça
muito belo e magistral
na garupa vinha Zé Wilson
formando uma dupla ideal
João do Ronca avistei
numa grande passeata
o seu time é uma máquina
isto não é mamata
é sempre o campeão
não tem quem o bata
Vô numa banquinha
com ropas pra vender
eu passei bem pertinho
não dando pra ele ver
por isto voltarei depois
isto digo pra valer
Cicero Garcia com uma moto
para cabo Helio consertar
Caqui com um trator
para a terra aradar
borboleta preocupado
com os carros pra lavar
Prazer e comadre Raimunda
mas Antonio caminhavam
pelo um parque infantil
e alegres conversavam
eu cumprimentei de longe
porque apressados eles estavam
Zé Nogueira e Zé de Ermina
estavam discutindo
sobre um programa de politica
que estavam assistindo
eu não quis compartilhar
meu caminho fui seguindo
fui cortar meu cabelo
no salão do Zé Luiz
chegando lá no local
fiquei muito feliz
avistei Joaquim Ézio
Morais e Luiz Diniz
vi o Wilson de Belin
com microfone na mão
cantando com sentimento
uma linda canção
neste momento eu chorei
de muita emoção
tia Eulina conversando
com Dolores e Ormecinda
e ela estava arrumada
nunca vi tão linda
e a minha felicidade
confesso foi infinda
mestre Chagas e Zé Clementino
compunha um dobrado
e Bidinho muito feliz
tinha um poema recitado
e eu naquele momento
muito já tinha chorado
Pedro Sousa e Mestre Tim
preparava um samba enredo
enquanto Tarufa e Assis
trocavam muitos segredos
e eu dizia a Flávio
que estava com muito medo
medo de ser um sonho
e logo ter de acordar
como é tão lindo
este mavioso lugar
quero viver pra sempre
sem nunca me preocupar
ainda existe muita gente
que não deu pra ver
a população é extensa
isto digo pode crer
mas espero dar tempo
de todos rever
quando me lembrei
do nome perguntar
desta linda cidade
onde estava a me encontrar
tive uma decepção
que agora vou falar
depois me despertei
e notei ter sonhado
que aquele pelo lugar
eu tinha imaginado
pode ser até o céu
ou um paraiso encantado
este lugar existe
no fundo de nosso ser
na saudade de alguém
que passou em nosso viver
e um dia com certeza
nós poderemos ver.
Israel Batista
*ofereço este trabalho ao Claudio Sousa pois o estrofe que fala no Zé Negão foi composto por ele e ofertado pra este cordel
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