sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O CAMELÔ



Raimundo Alves de Meneses, Mundim do Sapo, fez uma viagem a Fortaleza e quando passava pela Praça do Ferreira um camelô vendo o jeitão de matuto disse: vou pegar aquele besta. Aproximou-se do Mundim e puxou conversa. Mundim prestava atenção mais por educação do que por outro interesse. O sujeito passou a oferecer uns produtos á venda. Cinto, alpargata, anel e um relógio dourado aparentando ser de ouro.

Depois de muita saliva Mundim disse: meu amigo, comprar eu não compro, porque não tenho dinheiro. O máximo que pode dar é uma troca. O camarada animou-se, como quem diz é agora que aprumo este égua. E o senhor propõe uma troca em que? Mundim olhou bem nos olhos do sujeito e disse: Eu troco num couro de uma novilha que morreu de tingui na minha fazenda em Aiuaba. O caboclo não poupou Mundim de desaforos e nomes feios enquanto ele morria de dar risadas.

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