segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

COMPONDO A CENA URBANA


Mesa de bar: lugar comum
Onde alivio a tensão
De meus dias mais pesados.
Dias são fatos em movimento
Na cena urbana do sigilo futuro.
Tudo é feito para amanhã.
E nós ficamos.

O vento sopra,
As corujas trabalham,
A vida se arrasta,
Belamente tola,
E nós a amamos,
Acima de qualquer um
De nossos deuses.

Muitos a acusam
De ser difícil e ingrata.
Outros veneram,
Matam por ela.
Os poetas e alguns loucos,
Por exemplo, vivem de vivê-la.
A vida, alheia aos nossos desejos,
Prossegue por círculos.

Paulo de Tarso Alves de Sousa

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