quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Desventura
Eu hoje sou um homem desprovido
Da luz que antigamente iluminou
O meu caminho que, de tão florido,
Num rastro de espinhos se tornou.
Perdi a fé em tudo neste mundo,
Até a que detinha em mim mesmo!
Vou seguindo a vida, assim a esmo,
Como um doente, qual um moribundo.
Mas, ainda me resta uma esperança
Que me anima, que me conforta,
Aliviando-me desta nostalgia:
É a certeza de que, sem ou com tardança,
Se hoje, se amanha, já não me importa
Do triste mundo partirei, um dia.
Francisco Valzenir Correia.
http://blogdosanharol.blogspot.com/
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