sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mundim


Mundim? É só no nome
Na poesia é mundão
É poeta de mão cheia
Aqui do nosso torrão
Pois lembra de coisas quer
Outro iria esquecer
Ninguém jamais lembraria
Do alfinim de Santana
Filó vendendo banana
E a venda de cacaria

Do nosso VELHO MERCADO
Da usina de seu Dirceu
Tudo isso Mundim lembra
Quem tá falando sou eu
Lembra um MUSEU ESPALHADO
Que jamais será juntando
Por ser todo particular
E não ter quem tenha a ação
De com muita dedicação
Seus objetos juntar

Poeta que canta tudo
Coisas daqui e de lá
Rimou Osama Bin Laden
Mexendo barro sem pá
Rimou Dolly a ovelhazinha
E também a baciazinha
Do cego pedir esmolas
Rimou comercio que quebrou-se
E gente aqui que enricou-se
Mesmo vendendo sacolas

O carrossel de Zé julho
Os bonecos de Damião
Os ramos da benzedeira
A novenas e o leilão
Rimou roleta de cana
E outras coisas bacanas
Existente no lugar
O CASSACO ANTONIO FRIMINO
E as travessuras de menino
Olhando os cachorros trepar

Conhece Deus e mundo
E as almas do purgatório
As que já estão no céu
E fazendo um adjutório
Metade das do inferno
Que estão no fogo eterno
Nosso poeta não esquece
Por desafio não o tome
Pois até nome por nome
Mundim também as conhece

Desafiou Zé limeira
E o nosso vate Bidim
Desmanchando o que ele fez
Feito um menino rim
Se passando por criança
Desafiou Dedé França
E até poetas no céu
Passou até por João Grilo
Mas enfrentou empecilho
Desafiar Israel


Mundim é só no nome
Na poesia é mundão
Nos seus versos tem de tudo
Aqui do nosso torrão
Peço que ninguém me cale
Este é Mundim do Vale
Não sabe o que é fazer mau
Muitos lhes chamam assim
Uns Nanun e Tabaquim
E outros Raimundo Piau

Raimundo Alves de morais
Seu nome de nascimento
Apelidos muito ganhou
Mas nunca se viu lamento
Dele; nem reclamação
Mas não venham com gozação
Nosso poeta Atacar
Arrepende-se quem faz assim
Fazer do mundão mundim
É querer contrastear.

Ele pensava que eu ia
Esquecer do seu cigarro
Eita que coisa abusada
É o diabo desse sarro
Poeta não brinque não
Deixe o cigarro de mão
Que esse bicho mata gente
Ainda bem que um fato
Eu estando com Nonato
Ele respeita o parente

Parabéns grande poeta
Você é merecedor
Quando eu falo aqui grande
É na poesia e no amor
As coisas da sua terra
Que em suas poesias encerra
Com valor e garantia
Receba meus parabéns
Porque eu sei que tu tens
Para nós grande valia.

Claudio Sousa

Nenhum comentário:

Postar um comentário