segunda-feira, 1 de agosto de 2011

LAGOA DE SÃO RAIMUNDO


Naquela lagoa, de meu São Raimundo

Eu dava um tibungo

Pra dar um mergulho.

Aquela lagoa, me viu tomar banho

Mas eu não me acanho,

Pois tenho é orgulho.

Aquela lagoa, foi minha vizinha

Quando ela não tinha,

Senhor nem patrão.

Naquela lagoa, Eu vi pescaria

De noite e de dia,

De anzol e galão.

Daquela lagoa, olhando o nascente

Eu vejo na frente,

A igreja matriz.

Aquela lagoa, naquele lugar

É testemunha ocular,

Da nossa raiz.

Aquela lagoa, de rara beleza

Com toda certeza

É santa também.

Naquela lagoa, na minha memória

Não consta na história,

A morte de alguém.

Aquela lagoa, de tanta saudade

Divide a cidade,

Do bairro vazante,

Naquela lagoa, eu vi Joaquim Beca

Caçando marreca,

Com o velho Brilhante,

Aquela lagoa, da terra do arroz

Uns anos depois,

Ficou destruída.

Aquela lagoa, no meu parecer

Em breve vai ser,

Reconstituída.

Aquela lagoa, que tanto brinquei

Dizer eu não sei,

A extensão da saudade,

Aquela lagoa, tomada e sofrida,

Foi quem deu a vida,

A nossa cidade.

Aquela lagoa, de belo cenário

Ajudou ao vigário,

Batizando pagão.

Aquela lagoa, do meu padroeiro

Foi o anjo Pinheiro,

Que fez doação.

Aquela lagoa, já viu do seu lado

Namoro arrochado,

Mas não comentou.

Naquela lagoa, que foi um jardim

Plantaram capim,

E a beleza acabou.

Aquela lagoa, lugar de afeto

Já tem um projeto,

Bastante seguro.

Aquela lagoa, merece viver

Pra ser um lazer,

No nosso futuro.

Aquela lagoa, foi fonte de tema

De um triste poema,

De um autor com saudade.

Aquela lagoa, nasceu com tendência

De ser referência,

Da nossa cidade.

Mundim do vale

Várzea Alegre-Ce


*Um trecho dessa maravilhosa poesia de nosso conterrâneo

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